sexta-feira, 2 de abril de 2021

PAIXÃO DE CRISTO - As sete Palavras da cruz - Uma reflexão





AS SETE PALAVRAS DA CRUZ

1 - PERDÃO

"Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo" (Lucas 23.34a).

A primeira palavra proferida por Jesus na cruz, faz-nos entender que não há evangelho sem perdão. Ora, se o Mestre perdoou os seus algozes, no mesmo momento em que praticavam, injustamente, atrocidades contra ele, fica claro que estava cumprindo na pele quando nos ordenou a perdoar os nossos inimigos. Precisamos refletir sôbre isso, quando muitos estão esperando sentir algo "da parte de Deus" para praticarem o perdão. Isso não é bíblico, afinal o perdão é um dos princípios do evangelho de Jesus Cristo. Que o Eterno nos conceda a graça de perdoar sem exigir qualquer coisa em troca, assim como o fez Jesus por todos nós.

2 - RESGATE

Na cruz, Jesus disse afetuosamente ao seu colega de infortúnio:

- Eu lhe garanto: "Hoje você estará comigo no paraíso" (Lucas 23.43).

A segunda Palavra proferida por Jesus Cristo na cruz do Calvário, resgata a irreparável perca do ser humano lá no Éden. Quando Adão e Eva pecaram, dando ouvido a satanás. através da incorporação na serpente, foram expulsos do Jardim do Éden. Naquele primeiro momento, a expulsão do jardim foi o mais doloroso sofrimento imposto ao primeiro casal por causa do pecado. Perderam tudo, inclusie seu habitat natural.  Agora, Jesus do alto da cruz, mostra a todos que, a partir do seu sacrifício, está restaurado o direito de resgate dessa benção perdida pelo homem, quando promete ao ladrão arrependido que está ao seu lado, no mesmo dia estar com ele no paraíso.

3 - RESPONSABILIDADE SOCIAL

À sua mãe, conforta: “Aí está o seu filho”,
Ao discípulo amado, pede: “Aí está a sua mãe” (João 19.26-27).

Durante todo o seu ministério, Jesus sempre se referiu Maria, sua mãe carnal, como "MULHER". Na verdade, Jesus sabia da sua ligação com Maria, porém, propositalmente, separava as coisas. Como filho de Deus não tinha mãe, mas agora, terminando seu ministério terreno, assume a postura de filho, e transfere a responsabilidade social do amparo e cuidado de Maria, sua mãe terrena, a João, o discípulo amado. Jesus, uma vez ressuscitado, portanto, glorificado, não poderia mais cumprir essa função, e ou responsabilidade de filho terreno, mas nem por isso, esqueceu-se de tão grande responsabilidade que era o cuidado de sua mãe, e compensando a João, com o fato de que ela deveria também respeitá-lo com filho. Lindo exemplo deixado pelo Mestre a todos nós, que temos o dever de cumprir com as nossas responsabilidades sociais nesta tera, mormente com a nossa família. A Bíblia diz: "Aquele que não cuida dos seus, principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel"

4 – DESAMPARO

- "Eloí, Eloí, lama sabactâni?" (Mateus 27.46).
- "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?" (Salmo 22.1).

A quarta Palavra proferida por Jesus na cruz, deixa claro que sentiu o abandono. Ainda que isso fosse necessário por causa da escuridão e das trevas do nosso pecado, fica claro que Cristo teve esse sentimento. Abandono não tem a ver com bens materiais, mas com sentimento de solidão, de sermos deixado de lado por todos. Jesus sentiu por nossa culpa. Qualquer de nós que nos sentirmos abandonados, podemos nos ancorar no Mestre amado, afinal de contas ele antes de todos, se sentiu abandonado, e isso com o exclusivo fim de nos salvar e, portanto porde perfeitamente nos confortar e amparar.

5 – HUMANIDADE

Depois de uma longa caminhada sob o sol, depois de perder sangue, no auge de sua exaustão, pede água. É o que seu grito pressupõe:

- "Tenho sede". (João 19.28)

A sede é uma necessidade que se instala pela falta de água no organismo. Lembremo-nos  que nossa composição física é de percentual elevado de água. Essa palavra "Tenho sede", demonstra que, mesmo sendo Deus, Jesus estava alí na cruz, como cem por cento homem, portanto suas necessidades físicas eram iguais as nossas. Ele foi levado ao mais elevado stress físico, de forma que não há como negar que sofreu sobremaneira pra nos salvar.


6 - DEVER CUMPRIDO

- "Está consumado"

Nada há mais que possa ser feito. Tudo estava cumprido, para sempre, pelos séculos dos séculos. As profecias acerca da restauração do homem estavam cumpridas naquele ato. Glórias ao Senhor. O termo indicava a assinatura do autor que terminara a composição, do artista que acabara a pintura, do escultor que completou a sua obra. TUDO ESTÁ CONSUMADO. Com essa Palavra, Jesus deixou claro que ninguém poderia fazer qualquer coisa pela restauração do ser humano com Pai, afinal Ele fez por completo por toda a eternidade. Glórias ao Senhor Jesus Cristo. No grego, Jesus expressou: TETELESTAI

"TETELESTAI" é uma expressão grega que pode ser traduzida como "está consumado", "totalmente pago" ou "dívida cancelada". No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade." (Palavra do leitor)


"... havendo riscado o escrito de dívida, que era contra nós nas suas ordenanças, o qual de alguma maneira nos era contrário, e o tirou do meio de nós, cravando-o na cruz..."

Cl 2:14

7 – CELEBRAÇÃO

Pai, nas tuas mãos entrego o mu espírito” (Lucas 23.46).

Acabara a separação e a volta para o Pai estava determinada. Quando o reino das trevas se alegrava pela sua morte, Jesus dá o maior golpe no mundo espiritual das trevas, entregando seu espírito nas mãos do Pai. Vejamos que em pouco tempo, aquele sentimento de abandono acaba, e Ele sabe que talvez o Pai tenha até virado o rosto, mas nunca o desamparado, tanto que vence de uma vez o inimigo, entregando seu espírito Suas mãos. Estava concluída a obra.

Reflitamos sôbre as sete Palavras de Jesus Cristo na cruz do calvário, não somente hoje, mas todos os dias, de forma a valorizarmos a cada amanhecer o sacrifício da cruz.

Soli Deo Glória

Pr. Carlos Roberto Silva - Point Rhema

Publicado originalmente em Abril de 2013

Um comentário:

  1. Meu Caro Pastor Carlos Roberto!

    Que a "velha" história da cruz não seja apenas uma lembrança sem conteúdo, e que sejamos impactados com este brilhante texto, que nós crentes sejamos renovados pelos laços do calvário!

    Ele tanto sofreu por nós e deu mostras de amor sem limites, dando-nos o exemplo a ser seguido!

    E nós temos aprendido e colocado em pratica seus ensinos?

    Deus te abençoe.

    Pr. Daniel S Acioli

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Point Rhema

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